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TENDINOSE NO HOQUISTA EM PATINS

 

tendinose no hoquei em patins

Os tendões são estruturas que por estabelecerem a ligação entre a massa muscular contráctil e o osso, são quase inextensíveis, muito resistentes às forças de tracção e variam em comprimento e espessura, consoante as suas localizações anatómicas e o grau de treino do atleta.

O tendão é constituído por numerosos fascículos de fibras de colagéneo, que se dispõe paralelamente, rodeadas e separadas por tecido conjuntivo, sendo por aí que circulam os vasos e nervos, dando origem a uma bainha fibro-elástica, que rodeia o tendão, designada por peritendão. Nos locais sujeitos a grandes forças de pressão e naturalmente ao atrito, estas bainhas apresentam-se com uma verdadeira estrutura sinovial e têm um papel fundamental na dissipação daquele, em particular entre o sistema esquelético (passivo) e o sistema muscular (activo).

No hoquista apresentam-se com bastante frequência, situações agudas em que o processo inflamatório apenas envolve a bainha de determinados tendões e desencadeando nestes casos, defesa local, dor na mobilização activa, crepitação e consequente impotência funcional. Este compromisso designa-se por tenovaginite ou tendinite, tem uma terapêutica de carácter conservador e a recuperação da função para a prática desportiva é bastante rápida.

Nas situações de tendinose, o processo envolve fundamentalmente a estrutura do tendão e é resultante da deterioração gradual deste. Nestes casos não só ocorre um processo inflamatório no peritendão mas também ocorrem alterações degenerativas no próprio tendão. O termo tendinose descreve melhor as mudanças patológicas a nível do tendão, pelo que a antiga designação de tendinite, usada para estas situações, já não tem razão de ser e não está em uso.

O tendão é uma estrutura fibrosa muito resistente, que raramente rompe em condições normais. As roturas dão-se na sua grande maioria, num tendão já fragilizado, quer por um processo inflamatório crónico (tenosinovite), que o atinge por um longo período de tempo, quer ainda e tipicamente no desporto, pela degenerescência  iatrogénica provocada pelas infiltrações repetidas com derivados da cortisona, a nível da bainha e do tendão. As rupturas degenerativas do tendão são quase sempre precedidas por episódios recorrentes de tenosinovite.

O tendão pode romper também na sequência de um traumatismo agudo (laceração).

Em ambas as situações o tratamento cirúrgico tem indicação formal.

 

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