STOP às Lesões no Desporto
 Página Principal > Área da Educação e da Formação > ATLETA > GINÁSTICA > AS LESÕES DA GINÁSTICA E A SUA PREVENÇÃO
AS LESÕES DA GINÁSTICA E A SUA PREVENÇÃO

 

GINÁSTICA

Em todas as épocas desportivas são inúmeros os atletas que sofrem lesões decorrentes da prática da ginástica, independentemente da disciplina praticada, com necessidade premente de tratamento médico e com tempos médios de paragem de actividade desportiva, frequentemente bastante significativos.

É do conhecimento geral de que a preparação física e emocional dos ginastas é muito rigorosa e intensiva, com rotinas de treino bastante complexas, pelo que o potencial de risco de desenvolvimento de lesões apresenta-se bastante elevado.

As lesões mais frequentes na ginástica, acontecem nos tornozelos, nos pés, na coluna lombar, nos joelhos, nos ombros, nos cotovelos, nos punhos e nas mãos e resultam principalmente da sobrecarga ou do simples stress da solicitação e da actividade física. Normalmente não são lesões severas, mas sempre que não adequadamente diagnosticadas ou convenientemente tratadas, dão inevitavelmente origem a sintomatologia crónica ou mesmo a fracturas ósseas.

QUAIS SÃO AS LESÕES MAIS FREQUENTES NOS GINASTAS?

Dado o facto de na ginástica os membros superiores serem muito utilizados para suporte de carga corporal, é frequente comprometerem-se com: entorses nos punhos e nos dedos, luxações nos cotovelos e nos ombros, roturas do labrum glenoideu, conflitos sub-acromiais. Já nos membros inferiores as lesões mais frequentes são: a rotura do ligamento cruzado anterior e do ligamento medial do joelho, a luxação da rótula, a rotura dos meniscos, a tendinose do rotuliano, as fracturas condrais do joelho e do tornozelo, as entorses do tornozelo e a tendinose do Aquiles e resultam sobretudo de recepções no solo inadequadas ou em extrema carga. 

As roturas do labrum, os conflitos sub-acromiais e as entorses dos dedos e punhos, são muito frequentes nos especialistas nas argolas, nas barras simétricas ou assimétricas, no cavalo com arções.
Já as lesões no joelho, no tendão de Aquiles e no tornozelo, acontecem mais nos ginastas especialistas na trave olímpica, salto de cavalo, barras paralelas, na ginástica rítmica e mesmo na aeróbica.

As fracturas de fadiga da coluna vertebral não são infrequentes nos ginastas e devem ser tidas em conta quando uma lombalgia se agrava durante a actividade desportiva.

COMO SE DEVEM TRATAR AS LESÕES MAIS COMUNS NA GINÁSTICA!

As lesões do labrum glenoideu geralmente necessitam de tratamento cirúrgico, pelo que o seu diagnóstico em tempo útil é determinante para o futuro do ombro do atleta.
As lesões de sobrecarga do ombro, necessitam de tratamento conservador, com paragem desportiva obrigatória, mas o seu diagnóstico também deve ser levado a efeito o mais precocemente possível, pelo que um estudo com ressonância magnética é sempre obrigatório.

No joelho as lesões de sobrecarga, em particular no tendão rotuliano e na cartilagem, têm indicação para terapêutica conservadora. Já as roturas no menisco ou no ligamento cruzado, as fracturas da cartilagem, a luxação da rótula ou a rotura do tendão rotuliano, necessitam de tratamento cirúrgico em regime de urgência.

As entorses simples do tornozelo e do médio-pé, orientam-se com repouso desportivo, crioterapia e treino proprioceptivo, mas as entorses de grau II/ III necessitam de imobilização dinâmica ou estática temporariamente e posteriormente adequada reposição proprioceptiva.
Quanto às lesões do tendão de Aquiles, particularmente as de natureza inflamatória da sua bainha e na criança a doença de Sever, apenas devem ser orientadas com repouso desportivo absoluto por período adequado e introdução gradual da prática gímnica posteriormente.

A lombalgia no ginasta resultante de um estiramento muscular habitualmente responde de modo satisfatório ao repouso e ao tratamento fisiátrico. No entanto a fractura de fadiga necessita de paragem obrigatória, por período não inferior a três meses.

NA GINÁSTICA COMO SE PODEM PREVENIR AS LESÕES?

A quase generalidade das lesões de sobrecarga da ginástica pode ser prevenida de modo bastante eficaz, mediante o cumprimento por parte do atleta das normas de treino estipuladas para o seu aparelho e das adaptações individuais indicadas pelo seu treinador.
Para além desta regra básica, o equipamento, quer seja o individual, quer o inerente ao aparelho, deverá apresentar-se constantemente nas adequadas condições de funcionalidade e segurança e convenientemente adaptado ao ginasta.

O chamado aquecimento e bem assim o arrefecimento, respectivamente antes e depois da actividade física, terá que ser sempre respeitado.

Um treino “inteligente” desenhado para uma melhoria do fortalecimento e desempenho musculares, da flexibilidade e da proprioceptividade, deverá posicionar-se como um compromisso diário para os profissionais e de desenvolvimento regular para os amadores.

Sempre que surgirem sinais de alarme, sinalizadores de uma eventual lesão, a suspensão imediata da actividade deverá ser a norma e a avaliação por um especialista a regra.

O diagnóstico precoce de uma lesão de sobrecarga será determinante para uma recuperação de sucesso e para a redução da morbilidade no ginasta.

© 2011 Stop às lesões no desporto

 

“ QUEREMOS UM DESPORTO SEM LESÕES PARA OS JOVENS “