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PREVENÇÃO DA TENOVAGINITE DA PATA DE GANSO PELO CICLISTA

 

tenovaginite

A tendinite ou melhor, a tenovaginite da pata de ganso, é por definição um processo de inflamação aguda das bainhas sinoviais que envolvem as terminações individuais e as inserções comuns e distais na tibia, dos tendões dos três músculos, o Recto Interno, o Sartório e o Semitendinoso e que constituem a chamada “ Pata de Ganso ” ou também designada por “ pés anserinus “.

Esta formação tripla encontra-se localizada na face antero-interna da região proximal da tíbia, quase logo abaixo da linha articular interna do joelho. Frequentemente e por contiguidade, associa-se a inflamação da bolsa serosa da pata de ganso, a qual permite diminuir a fricção da contracção miotendinosa (contracção activa) nas estruturas ósseas adjacentes.

Na origem desta lesão, está normalmente uma solicitação activa excessiva e repetitiva de um ou mais destes músculos, com uma sobrecarga permanente e que leva principalmente à inflamação da bainha sinovial de um deles. Também poder-se-á manifestar, no caso de doenças inflamatórias articulares, como na artrite reumatóide do jovem e na artrite úrica do adulto jovem.

Apresenta-se frequentemente no corredor de fim-de-semana ou no corredor de fundo após uma corrida de distância maior que a habitual, no ciclista, no remador.

Os processos agudos caracterizam-se clinicamente por uma dor difusa, mesmo no repouso, com defesa local, agravamento da dor na mobilização activa, crepitação (ranger) e impotência funcional com significado. Poderão estar presentes sinais inflamatórios locais francos, como o edema até à pele (inchaço) e o rubor da mesma (vermelhidão).

QUAL O TRATAMENTO MAIS ADEQUADO ?

Nas situações que se prolongam no tempo sem qualquer tratamento, desencadeia-se uma inflamação crónica, com degeneração inflamatória associada, repercutindo-se esta em alterações estruturais do tendão, aumentando assim o risco de rotura de um deles.

Apesar de na maioria dos casos ser uma situação auto-limitada, é importante uma criteriosa avaliação médica, para determinar a etiologia do processo inflamatório, a qual determinará obviamente a terapêutica mais adequada a cada situação.

Geralmente o tratamento compreende na fase inicial, um período mínimo de repouso de cerca de oito dias, crioterapia e eventualmente o uso de anti-inflamatórios não esteroides.

Nos casos mais graves, pode-se ter que recorrer à imobilização relativa, assim como ao recurso de tratamento fisiátrico para alongamento e flexibilização. O uso da mesoterapia e ou da corticoterapia local, poderá ser considerado em casos seleccionados ou nos refractários aos protocolos terapêuticos menos agressivos.

E A PREVENÇÃO COMO DEVE SER LEVADA A EFEITO ?

O chamado aquecimento e bem assim o arrefecimento, respectivamente antes e depois da actividade física, terá que ser sempre respeitado, de modo a não perpetuar eventuais compromissos de sobrecarga nestas estruturas miotendinosas.

Um treino “inteligente” desenhado para uma melhoria do fortalecimento e desempenho musculares, da flexibilidade e da proprioceptividade, deverá posicionar-se como um compromisso diário para os profissionais e de desenvolvimento regular para os jovens, em particular quando ainda na fase de crescimento.

Sempre que surgirem sinais de alarme, sinalizadores de uma eventual inflamação da bainha de um dos tendões da pata de ganso, a suspensão imediata da actividade deverá ser a norma e a avaliação por um especialista a regra.

Nestas situações o diagnóstico precoce será determinante para uma recuperação de sucesso e para a redução da morbilidade no ciclista.

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