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SABER IDENTIFICAR E COMBATER UMA DESIDRATAÇÃO AGUDA PELO CICLISTA

 

hidratação do ciclista

A sudação num ciclista, em particular com o tempo quente, é frequente e faz parte do mecanismo normal da termoregulação, de modo a baixar a temperatura corporal.

No entanto em determinadas situações mais desfavoráveis tais como, níveis mais elevados de humidade ambiental, idade baixa ou mais elevada, locais de maior altitude, uso de determinada medicação, moderada desidratação prévia ou falta de compensação desta durante a actividade desportiva, a termoregulação deixa de funcionar normalmente, a temperatura corporal sobe e pode instalar-se uma situação conhecida por insolação.

Para que o ciclista saiba identificar, para poder corrigir os dois primeiros estados evolutivos da insolação, a informação seguinte pode ser-lhe muito útil nesse sentido.

CAIMBRAS MUSCULARES

As caimbras são os conhecidos espasmos musculares, mais ou menos dolorosos e incapacitantes, que caracteristicamente envolvem no ciclista a musculatura do abdómen e a dos membros superiores ou inferiores, aquando de actividade física intensa.

As caimbras resultam do facto de o músculo se encontrar privado da quantidade normal de sódio (sal) que foi espoliado durante o exercício físico, pela sudação.

A caimbra muscular é o sintoma mais frequente, de um estado inicial da insolação.

Assim que surjam em qualquer localização muscular, o ciclista deve imediatamente suspender a actividade física e sentar-se num local fresco a repousar. De seguida deve beber suavemente uma bebida com “sais”, um bom sumo de fruta, ou meio litro de água adicionada de uma colher de chá de sal de cozinha.

O ciclista só deverá voltar à actividade física, passadas duas a três horas de as caimbras terem desaparecido, e mesmo assim moderadamente.

Se após uma hora de paragem as caimbras não tiverem desaparecido, o ciclsta deve ser orientado para um centro clinico, de modo a ser tratado por um médico. No entanto se o atleta estiver a efectuar uma dieta com baixo teor de sódio, ou se apresentar patologia cardíaca conhecida e controlada, então deve ser enviado imediatamente para um centro médico para estudo electrolítico e tratamento adequado.

EXAUSTÃO TÉRMICA

Este é o segundo estado evolutivo de uma insolação.

A exaustão desenvolve-se na sequência de uma exposição do ciclista a temperaturas muito elevadas e não efectuar a ingestão regular de uma quantidade suficiente de líquidos e electrólitos, para reposição das perdas ocorridas pela sudação.

Este estado tanto se pode apresentar subitamente, como estabelecer-se lentamente, na sequência de uma exposição continuada pelo atleta, ao longo de vários dias a temperaturas elevadas.

A cefaleia, a irritabilidade inexplicada, a fadiga fácil, a náusea ou o vómito, a sede intensa, a sudação permanente, o aumento da frequência cardíaca, são os sintomas mais frequentes e sinalizadores deste estado de desidratação.

Numa situação de suspeição desta situação, o ciclista deve suspender de imediato qualquer actividade física e ser-lhe retirada a quase totalidade da roupa. De seguida deve ser colocado num ambiente bastante fresco, como uma sombra ou de preferência num local com ar condicionado (num automóvel) e refrescado com tolhas com água fria ou com gelo.

Esta fase da desidratação necessita de urgente tratamento em ambiente hospitalar, pelo que o ciclista deve ser orientado nesse sentido, mas entretanto deve ir ingerindo com frequência, pequenas doses de água ou de uma bebida com “sais”.

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