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O QUE OS PAIS DOS ATLETAS DE CORFEBOL PRECISAM SABER SOBRE AS LESÕES DOS FILHOS

 

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É consensual que as lesões desportivas nos jovens são quase que impossíveis de evitar, no entanto as sugestões que aqui se deixam aos pais desses jovens, serão com toda a certeza muito úteis para prevenir e principalmente para reduzir o risco de complicações ou de sequelas daquelas.

PORQUE ACONTECEM AS LESÕES NOS JOVENS ?

Há varias razões para uma lesão acontecer. O morfotipo é dos factores mais importantes. Muitos jovens e crianças estão mais expostos a lesões, por apresentarem alterações no alinhamento da coluna vertebral, dos joelhos e das pernas, bem como alterações da morfologia nos ombros, na bacia, nos joelhos, nas coxas e nos pés.

Um programa de treino inadequado é uma outra causa. Os erros no treino são aliás as causas mais frequentes. De entre estes saliente-se a irregular ou excessiva, aceleração, intensidade, carga, duração, ou frequência da actividade de treino.
O gesto técnico inadequado, na dependência quer do atleta quer do seu treinador, ou mesmo de ambos, é definitivamente também uma das mais importantes e frequentes causas.

O equipamento desportivo como o calção, a sapatilha ou a bota de futebol, os instrumentos para a prática desportiva como a raquete, a bicicleta, a bola, o remo, o taco, o esqui ou o patim, são também demasiadas vezes responsáveis por lesões.

QUE GÉNERO DE LESÕES SURGEM NAS CRIANÇAS E NOS JOVENS ?

As crianças e os jovens podem sofrer de dois tipos de lesões na prática desportiva: as agudas e as de sobrecarga.

As primeiras são resultantes quase sempre de um acidente traumático fortuito e as suas consequências são habitualmente imediatas, sendo as mais frequentes: a fractura dum antebraço ou duma tibia, a entorse do tornozelo, de um dedo da mão ou de um joelho, a luxação de um ombro ou mesmo uma rotura muscular.

As segundas, são resultantes fundamentalmente de solicitações e microtraumatismos de repetição sobre os tendões e suas bainhas, os músculos, os ossos e as articulações.
Estas são as lesões mais frequentes no desporto juvenil, têm um processo de instalação muito subtil, com uma evolução lenta no tempo e não permitem frequentemente estabelecer o seu diagnóstico com facilidade.
Exemplos destas lesões são: a tenovaginite de DeQuervain, a epicondilite, a tendinose do rotuliano, a tenovaginite do tibial anterior, dos peroniais e do Aquiles, a doença de Osggod-Schlatter, a doença da cartilagem da rótula, a doença de Sever, as fracturas de fadiga no pé e na tíbia, a pubalgia e a isquialgia.

COMO PODEM OS PAIS SABER QUE O FILHO ESTÁ A “ CHOCAR “ UMA LESÃO DESPORTIVA ?

A maioria das crianças e dos jovens dão conta aos pais ou aos treinadores e professores de educação física, quando se sentem limitados funcionalmente ou mesmo lesionados, mas alguns miúdos para poderem manter a actividade desportiva, escondem ou dissimulam essas situações e então é necessário que os pais e os professores, tenham a noção e o mínimo conhecimento de como observar e avaliar alguns sinais indicadores de uma lesão de sobrecarga em instalação ou até mesmo já presente.

Assim importa estarem atentos a todos os sinais ou comportamentos tais como: se o jovem evita colocar carga no tornozelo, no pé, no joelho ou na anca, mesmo sem estar associado a tumefacção, deve alertar para um compromisso intra ou justa-articular; se evita colocar carga na totalidade num membro mesmo sem coxear, poderá ter subjacente um compromisso muscular, tendinoso ou até mesmo ósseo; se evita efectuar determinado movimento ou utilizar uma articulação em particular, muito provavelmente está afectada a articulação em causa, uma das satélites ou o tendão de um musculo relacionado; se manifesta defesa ou mesmo dor numa articulação, esse aspecto deve ser valorizado a 100%; se apresenta irregularidade no sono, dor de cabeça, tonturas, irritabilidade fácil, durante ou no fim da prática desportiva, há a possibilidade de ter ocorrido não recentemente uma concussão cerebral; se há um encurtamento do ciclo respiratório ou uma perturbação da respiração durante a actividade desportiva, é possível decorrer da fractura de fadiga de uma ou mais costelas; se manifesta um cansaço fácil no fim do treino ou do jogo, poderá sofrer de irregular equilíbrio hidro-electrolítico; se mostra relutância na mobilidade lombar, com toda a certeza terá na sua génese uma instabilidade congénita.

O QUE DEVEM FAZER OS PAIS QUANDO DESCONFIAM DE UMA LESÃO DESPORTIVA ?

Se uma criança ou um jovem manifesta algum compromisso funcional enquadrável na suspeição de uma lesão desportiva, a primeira atitude a ser tomada pelos pais deve ser inequivocamente a de suspender imediatamente toda e qualquer actividade desportiva, como norma e a de promover urgentemente uma avaliação clínica por um especialista, como regra. Para tal, um médico especialista em traumatologia do desporto será o profissional indicado, já que só ele tem a experiência adequada.

“ No desporto, o diagnóstico precoce de uma lesão de sobrecarga, é determinante para uma recuperação de sucesso e uma cura sem sequelas “. (Francisco Santos Silva)

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